terça-feira, 23 de março de 2010
“Fogo amigo” conturba o ambiente do América
A primeira vitória do América no segundo turno do Campeonato Estadual não foi suficiente para acobertar um novo incidente político dentro do clube. A entrevista concedida pelo presidente José Maria Barreto Figueiredo relatando que havia sido obrigado a cobrir cerca de 40 cheques sem fundos da administração passada, soou mal no “clã dos Rochas” e o fogo amigo da parte atingida foi devolvido na mesma intensidade. Eduardo Rocha veio a público cobrar R$ 350 mil que ele e seu pai José Rocha emprestaram ao clube e também taxou a entrevista de oportunista. A relação ficou tão estremecida que ontem foi realizada uma reunião de cúpula com a finalidade de se aparar as arestas.
“Não posso aceitar que determinadas situações colocadas por José Maria sejam levadas em consideração. A direção anterior não deixou quarenta e dois cheques sem fundos na mão do presidente como ele informou. Muito pelo contrário. Deixamos até dinheiro em caixa. Por isso não posso concordar com vários outros assuntos”, disse Eduardo Rocha
Mais político, o presidente do Conselho Deliberativo americano, José Rocha, preferiu não aumentar o tom do debate, alegando apenas que José Maria deve estar sendo acometido por algum princípio de amnésia. Ressaltando que as dívidas cobertas com cheques pré-datados, não sem fundos, tiveram as receitas aprovadas dentro do próprio conselho. Neste caso a fonte escolhida foi a antecipação de R$ 300 mil da cota de participação da equipe na série B do Brasileiro.
Outro fato que provocou um mal-estar tremendo na cúpula política foi a declaração de que a equipe montada para série B, vai obedecer um padrão salarial e que as coisas deverão ser feitas com os pés no chão. Com relação a isso, Eduardo Rocha foi enfático ao dizer que se prevalecer a vontade do presidente o caminho americano será o rebaixamento.
Quanto ao treinador, José Maria não esconde que a sua preferência continua sendo Ferdinando Teixeira e também não poupou criticas a Francisco Diá, a quem fechou as portas do clubes após a passagem relâmpago do profissional pelo comando da equipe em sua segunda passagem. “Diá nunca foi o técnico dos meus sonhos. Fui voto vencido na escolha. Ele foi de uma infelicidade extraordinária na sua volta ao América. Enquanto eu for presidente do clube este rapaz não passa nem na frente do América. Ele foi muito infeliz em vários aspectos”, destacou.
O dirigente também classificou como antiético o comportamento do profissional na partida realizada contra o Santa Cruz. “Para vocês terem idéia na última partida contra o Santa Cruz ele ficou ao lado do banco da equipe do interior passando instruções para o técnico Moroni. Isso no mínimo é antiético, pois até a semana passada ele estava no América”, frisou.
Também sobrou criticas para atitude de Diá na decisão do primeiro turno contra o Cotíntians. “No jogo contra o Corinthians na cidade de Caicó ele viajou com um empresário de jogadores de futebol, tanto na ida como na volta”, criticou.
Moura já pensa no Potyguar/CN
Se existe um clima de acidez na elite diretiva do clube, dentro de campo a vitória no clássico contra o Alecrim (1 a 0, gol de Saulo) vai garantir alguns dias de paz na relação do elenco com os torcedores, que nos últimos tempos só ganharam motivos para protestar. O técnico Moura disse que a semana após uma vitória inicia de forma mais serena e que o foco por enquanto ainda não é o clássico contra o ABC, no próximo domingo, mas sim, a partida de amanhã a noite no Machadão contra o Potyguar de Currais Novos.
“Vamos ter uma semana cheia pela frente e precisaremos estar bem preparados. Agora teremos de realizar um bom jogo contra o Potyguar, o nosso foco do momento, para poder partir para o clássico diante do ABC vivos na luta pelo título do segundo turno”, disse o treinador.
A única baixa da equipe para o confronto de amanhã será o meia Rafael Paraná, que se ressente de uma lesão na coxa e fará uma ressonância magnética para identificar qual a extensão do problema.
Com a missão de conquistar o maior número de pontos possível, na busca de reduzir a distância de cinco pontos para o líder ABC, o América vai continuar adotando o futebol de resultados para tentar escapar do “inferno técnico” que o elenco está enfrentando. Contra o Alecrim Moura elogiou a postura da primeira etapa, quando o sistema de marcação funcionou bem e, com isso, Saulo e Assis tiveram mais liberdade.
Fonte: www.tribunadonorte.com.br
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